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domingo, 31 de outubro de 2021

 

Drummond Permanente

 

Cyro de Mattos

 

Em meu ouvido um pássaro

nos instantes de tudo canta

teu diálogo com o mundo

como oferendas do amor.

Quantas vezes solitário

não mundo solidário me tens? 

Por entre gestos cotidianos

dos eventos nesta rosa emergem

teus acentos feitos de espantos.

Ora canto do homem do povo,

ora aquele quadro na parede,

sinais, expressões do tempo,

fome de situações patéticas.

Vejam isto, dizendo que tropeço

numa pedra no meio do caminho.

Ó de Itabira, se bem procuro,

afinal termino encontrando

não a explicação (relativa)

da vida, apenas a beleza,

sem explicação, da poesia.

Submeto-me nesse dilema

que me fere com os passos  

do vento na hora do enigma   

deixando que eu vá inquieto.

Nas contradições e dúvidas

entre o efêmero à margem

sei da vida que não é vã,

tua lírica em nós perdura

no verbo com engenho e arte

esse cheiro de cada manhã.

 

 

sábado, 30 de outubro de 2021

 

                Nosso Amigo Livro

     Cyro de Mattos

 

O livro é esse amigo que nos acompanha há séculos, possibilitando o crescimento interior. Conhecemos outras vozes do mundo com esse amigo. Inauguramos a vida com novos olhares, superamos vícios e medos. Sabemos de casos que divertem, viajamos por longes nunca conhecidos. Damos voo à razão através da linguagem que usa para cada tipo de leitor. Um de seus milagres consiste em tornar leve todo o peso terrestre feito de solidões, angústias e perdas. Sua amizade não trilha os caminhos do interesse, transpira sinceridade. Com ele aprendemos que só talento não basta para quem quiser se tornar um filósofo, cientista ou poeta. É necessário o hábito da leitura. Esse amigo está pronto para dizer que, vivendo na sua companhia, a vida fica mais fácil. Matamos até a morte. 

Gosta de se mostrar nas livrarias. O lugar mais digno para acomodá-lo em nossa casa é a biblioteca. Quem não tem poder aquisitivo para adquiri-lo, pode achá-lo em uma   biblioteca pública. Lá está nas prateleiras o amigo solidário, esperando nossa visita para uma conversa útil. Mostra muitas coisas numa cumplicidade que informa, dá prazer, encanta. Faz aparecer paisagens impossíveis, que vão entrando na medida em que uma página puxa a outra.

Livro xilografado, impresso com pranchas de madeira gravadas. Em rolos de papiro e também de pergaminho, no Egito. Nas telas de seda da China. Recolhido em manuscritos, no trabalho paciente e anônimo dos bibliotecários de Alexandria. Livro da sabedoria, do Antigo Testamento. Filosófico, científico e literário. Repositório do pensamento humano, dos povos para os povos, de geração em geração, com seus rumores milenares.

Vem contribuindo para que o mundo mantenha portas e janelas abertas, o sol acenda manhãs, o vento sopre momentos que somam. Das formas primitivas às técnicas de editoração moderna, com esse amigo, como o braço ao abraço, os seres humanos aprendem que os dias de exercitar a existência e conhecer o outro ficam menos falhos. 

          O padre Antônio Vieira disse certa vez que “o livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que via, um morto que vive.”  Acho que a fala da nossa maior figura da oratória sacra combina com o que eu li num para-choque de caminhão: “Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.”  Verdade. Hoje, na minha terceira idade, reli O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry, a seguir O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway. Saí depois para a vida rejuvenescido.

De cabeceira ou de bolso, o livro é esse fiel amigo por vias e arredios, capaz de dizer silêncios por meio dos sinais visíveis da escrita.  

Fiquei certa vez abatido por conta da afeição que nutro por esse amigo. Quando morei na fazenda São Bernardo, nas imediações de Ferradas, chão onde nasceu Jorge Amado, o  romancista do mundo, e o poeta Telmo Padilha,  os   livros que trouxe do Rio de Janeiro ficaram encaixotados até que pudesse comprar uma estante digna de recebê-los. E, numa noite sem estrelas, a chuva caiu pesada na terra centenária.  O telhado velho da pequena casa não suportou o volume da água que corria por entre as calhas.  Em pouco tempo, poças d’água formaram-se em vários cantos da casa por causa das goteiras.

No outro dia, encontrei molhados os caixões que guardavam velhos amigos. Lembro que apressado fui retirando do primeiro caixão Além dos Marimbus, de Herberto Sales, Uma Vida em Segredo, de Autran Dourado, Poesias, de Manuel Bandeira, O Salto do Cavalo Cobridor, de Assis Brasil, Fábulas, de La Fontaine, Dom Quixote, de Cervantes, Timeless Stories for Today and Tomorrow, de Ray Bradbury, Hamlet, de Faulkner, The Grass Harp, de Truman Capote, A Metamorfose, de Kafka, O Muro, de Sartre, e A Moveable Feast, de Ernest Hemingway. Foram os livros mais atingidos pela chuva, que  caíra  naquela noite cortada por relâmpago e trovoada. Páginas manchadas, letras borradas, capas danificadas. Ainda tentei salvá-los, espalhando-os abertos no passeio para que fossem aquecidos pelos raios de um sol tímido.

Aqueles livros haviam sido adquiridos com o dinheiro da mesada que o pai mandava para o moço do interior na Capital, onde cursava a Faculdade de Direito. Outros foram comprados nos meus anos de jornalista no Rio de Janeiro. Meu coração sentia um tremor quando descobria um desses amigos na vitrina, balcão ou prateleira de livraria, acenando-me para que fosse adquiri-lo. 

À noite peguei no sono como um herói inútil. Acordei deprimido no outro dia. Aqueles que não consegui salvar tinham me ofertado ricos momentos de leitura, horas de sonho e palavras de amor varando as madrugadas. Madrugadas do homem solitário, que, no silêncio da noite, lograva extrair sentidos da vida com aqueles companheiros especiais. Jamais esqueci isso.  

De uns tempos para cá, a incorporação dos meios eletrônicos na sociedade fez com que o livro mudasse o suporte.  A versão digital de um livro impresso é o livro eletrônico. É adquirido por meio de download para ser lido no monitor do seu micro e impresso na sua impressora. Entre as vantagens dessa migração do livro, você pode ter uma biblioteca no seu micro. Usar o dicionário em instantes durante a leitura. Encontrar trechos com rapidez de segundos.

Por motivos alheios à sua vontade, em caso de uma pane no circuito de energia elétrica, você pode perder sua biblioteca digitalizada no abrir e fechar do olho. Uma pena.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

 

Luta, revolta e poesia em Os Ventos Gemedores

 

Raquel Rocha

 

O livro Os Ventos Gemedores, do escritor Cyro de Mattos, que ganhou o Prêmio Nacional de Ficção do Pen Clube do Brasil, relembra um Brasil de outrora, que de alguma forma ainda é o mesmo Brasil. Porque os tempos mudam, as armas mudam, as guerras mudam, mas os anseios e a ganância dos homens continuam os mesmos.

 

O livro é ambientado nas terras do Pati, pertencente ao território do Japará, condado criado pelo imaginário do autor, com todas as cenas, movimentos e personagens rústicas, mas que lembra o Sul da Bahia, na época de coronéis, jagunços, mata fechada, miséria e opressão. Nesta terra sem lei nos deparamos com o Vulcano Brás, senhor de todas as terras, e o vaqueiro Genaro que decide ir de encontro ao dono de tudo.  Uma luta entre as gentes de Vulcano Brás com seus cabras e os que trabalham na terra em regime de escravidão  é estabelecida numa demanda  em que o mais forte sempre venceu.

 

O mergulho psicológico que Cyro de Mattos faz nos seus personagens nos envolve na leitura: o conformismo de uns, a inocência de outros, a coragem de muitos.

 

Em um belíssimo trecho dessa obra conhecemos os medos de Almira e a revolta do seu esposo Genaro: “Que adianta fazer esta revolta, Genaro? O lado de Vulcano Brás sempre foi mais forte”. Ele responde “A pior derrota é daquele que não luta”, acrescentando que “onde ninguém faz nada contra Vulcano Brás só a vontade dele é a única que impera, e os que se agacham permanecem assim mesmo o tempo inteiro, trabalhando, trabalhando, sem nunca ter nada na vida”.

 

Aparício Pança Farta vai de encontro à violência que se espalha no povoado: “Cada um nesse mundo cumpre sua sina. (...) Liberdade ganha com sangue não tem presteza.”, ele diz.

 

Na nona parte do livro, “Ultimas Ordens”, Cyro da Mattos revela o desejo do poderoso Vulcano Brás quando vê que lhe resta pouco tempo de vida, o de atingir a imortalidade de seu nome e de sua história: “As dores no peito aumentaram no último ano de sua vida. Numa dessas crises ele chamou Edivina e falou que queria ser enterrado no cemitério da Vila do Pati. Cuidassem de colocar na sepultura o seu busto para que todos se lembrassem dele, comentassem sobre suas andanças e audácias pelas terras do Japará. Morre o homem fica a fama. Era assim que se imaginava depois de morto, admirado em razão dos amplos domínios conquistados, coragem e pulso forte.”

 

O livro todo tem essa linguagem poética que é uma marca do escritor Cyro de Mattos.

Ele nasceu  no município de Itabuna, no Sul da Bahia, em 31 de janeiro de 1939. Jornalista, poeta, romancista, contista, novelista, cronista, ensaísta, autor de livros infantojuvenis. Diplomou-se em Direito pela Universidade Federal da Bahia, em 1962. Dentre seus 80 livros publicados, destacam-se: Os Brabos, O Menino Camelô, Cancioneiro do Cacau, Os Ventos Gemedores e Vinte Poemas do Rio. Seus livros são estudados em universidade, adotado nas escolas brasileiras e sofre reedições constantes. Vários deles foram adquiridos pelos programas educacionais do Governo. É também editado em Portugal, Itália, França, Espanha, Alemanha e Dinamarca. Premiado no Brasil, Portugal, Itália e México.  

 

 

 

 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

 

Editora Universitária do Paraná

Publica Livro de Cyro de Mattos

Sobre Quinze Autores Universais

 

Kafka, Faulkner, Borges e Outras Solidões Imaginadas, de Cyro de Mattos, é o novo lançamento da EDUEM, editora da Universidade Estadual de Maringá, Paraná. O livro reúne quinze estudos sobre autores clássicos universais, tem capa do desenhista Juarez Paraíso e prefácio de Gerana Damulakis.  Membro da Academia de Letras da Bahia, este é o quarto livro de ensaio do autor baiano, que já publicou oitenta livros de diversos gêneros.  

Autor editado também em Portugal, Itália, França, Alemanha, Espanha e Dinamarca, Cyro de Mattos faz neste novo livro de ensaios a análise dos autores seguintes: Tchekhov, Aldous Huxley, Fernando Pessoa, Dostoiévski, Kafka, Scott Fitzgerald, Gabriel García Márquéz, James Joyce, Jorge Luís Borges,  José Saramago, Julio Cortázar,  Miguel Torga, Sherwood Anderson, Sophia de Mello Breyner Andresen e William Faulkner.

Para Cyro de Mattos, esses quinze autores formam um conjunto de vozes sob a clave da solidão, que nas visões de mundo convidam-nos a habitar o imaginário por meio da contemplação dos sonhos. Nos vícios da solidão, remete-nos à impossibilidade da fuga no drama, à perda de identificação sob o domínio do ilógico, aos labirintos no curso sem saída, à convivência das neuroses, à catarse na dor, simbolizando o real pior do que ele é.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

 

                 DESENHOS DE ÂNGELO ROBERTO

                            Juarez Paraíso

 

Ângelo Roberto é conhecido na Bahia como um Mestre do Desenho. São mais de cinquenta anos de pratica intensiva na área do desenho de bico de pena, da ilustração e da caricatura. Embora tenha domínio da programação visual e da técnica de murais, pode-se dizer que Ângelo Roberto é essencialmente um desenhista, pela dedicação quase exclusiva e constante. Pertence à segunda geração de artistas modernos da Bahia, década de 1960. Realizou o curso oficial de pintura e os cursos livres de gravura, cerâmica e escultura da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, tendo convivido com   Riolan Coutinho, Helio Oliveira, José Maria, Henrique Oswald, Udo Knoff, Mendonça Filho, Mario Cravo Junior, Rescala, e muitos outros notáveis artistas, responsáveis, como ele mesmo, pela internacionalização da arte moderna na Bahia.

          O desenho é linguagem artística basilar, utilizada pelos artistas através dos tempos e em todas as áreas da realização plástico-visual. Como forma independente de linguagem plástica, emancipa-se a partir do Renascimento e com pontas de metal, grafites, tintas, luz, materiais tridimensionais, incisões, técnicas as mais diversas, tradicionais ou ultra modernas, realiza com os suportes apropriados a forma concebida pelo artista. Vencidos os preconceitos impostos pela ausência da cor e características do desenho acadêmico como expressão da forma sobre o suporte bidimensional, desenho linear, (do desenhista), de manchas (do pintor), de contrastes volumétricos, (do escultor), Picasso desenha com a luz e, na arte contemporânea, incluindo a fantástica contribuição do computador, vale qualquer recurso, vinculado ou não ao hibridismo reinante. Mas no momento em que são inventadas e disputadas as técnicas mais sofisticadas como desejo e marca de atualização técnica, o que mais seduz nos Desenhos de Ângelo Roberto é justamente a simplicidade dos meios, dos recursos técnicos. Prevalece a inteligência e a sensibilidade das soluções formais, transcendendo os limites do desenho tradicional para uma concepção comprometida com o conceito de design, pela presença constante da estruturação da forma, no sentido mais amplo do dualismo figura-fundo e da criatividade plástica.                          

Depois de desenhar os mais variados temas, Ângelo Roberto concentra-se no desenho de cavalos. São 30 desenhos de excepcional qualidade plástica, formando um indivisível conjunto pela atração mutua de suas unidades. É como uma sequência cinematográfica, onde cada fotograma tem a sua autonomia e independência estética.  Elegância, agilidade, força, beleza e expressividade plástica é o que simboliza o cavalo, tema que desde a pré-história tem sido constante na história da arte. Em perfeita sincronização com a natureza, o artista transcende a beleza do animal, eternizando-a através dos processos da abstração plástica.

          Ângelo Roberto é principalmente um artista da linha e do tracejado, das impressionantes tramas de bico de pena. O contraste elegido é simples, mas eficaz. O completo domínio artesanal do artista tece uma incrível tessitura gráfica, um incrível trabeculado, estrutura linear composta por traços pacientemente superpostos, com mais ou menos transparência, jamais obstruindo a passagem da luz que emana do papel. A volumetria é reduzida e controlada com sutileza e o segredo está no controle da transparência e da natureza da textura visual, na dependência da acumulação e posição espacial do tracejado retilíneo, sendo notável as passagens da luz entre as figuras e o fundo. Mestre do bico de pena, Ângelo Roberto já produziu centenas de desenhos de grande beleza plástica (gráfica). Com os atuais desenhos demonstra uma prodigiosa imaginação e memória visual no desafio de um só tema e com o máximo de economia dos recursos materiais. Um sensível e intenso sentimento de harmonia emana da conjugação de linhas, atraindo o movimento do olhar, seduzido pela suavidade do ritmo criado pelo artista. A expressividade plástica sobrepõe-se à simples configuração temática, graças ao desenho despojado e contemplado pelo talento do artista, pela depurada percepção seletiva e notável poder de síntese, próprio dos grandes desenhistas figurativos.

A anatomia natural é substituída pela anatomia artística. Assumindo a posição de frontalidade para as imagens naturais, o artista concebe a redução da cabeça conferindo mais força e elegância corporal. Com magistral interpretação, Ângelo Roberto utiliza-se do movimento continuo para a configuração básica da imagem virtual do cavalo, representando a  sua energia incontida, e, mesmo em posicionamento estático, o movimento dirigido cria as tensões visuais necessárias para a estruturação  rítmica do conjunto.  A dimensão do desenho torna-se espaço-temporal. O artista alcança a síntese dos movimentos pela constante modulação da linha, com dimensões e intensidades precisas e, ao contrário do congelamento da reprodução fotográfica do movimento, Ângelo Roberto pratica com talento e maestria os processos de abstração da forma natural, através da linha, das deformações dimensionais e da abstração monocromática.

Nos atuais desenhos, o artista introduz suavemente a cor em alguns desenhos, mas também como forte contraponto à estrutura gráfica, quando o círculo de cor intensa cria um novo e poderoso fulcro de atração visual, com tendência a monopolizar a atenção do perceptor, não fosse a atração irresistível da riqueza formal dos cavalos. Ao contrário, contribui para intensificar o jogo de tensões visuais, enfatizando as distensões e contrações do movimento dirigido, do ritmo criado pelo artista. O círculo também cria o espaço cenográfico e de integralização temática, definindo a concepção espacial dos desenhos em termos de dupla composição, pois a visualização plástica imediata realiza-se no bidimensional pela frontalidade das imagens e pelo suporte branco do papel, branco que também pode ser percebido como profundidade espacial expandida para os limites da imaginação, quando interpretado o círculo como o Sol.

 

Juarez Paraíso

Artista plástico, Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia, Membro da Academia de Letras da Bahia e da Associação Brasileira de Críticos de Arte

 

 

 

sábado, 2 de outubro de 2021

 

Livro O Gigante e a Bicicleta

de Fernando Leite Mendes 

Será Lançado pela ALI dia 14

 

           O livro O Gigante e a Bicicleta e Outras Belas Crônicas, de Fernando Leite Mendes, coletânea organizada por Cyro de Mattos e Ivo Korytowski para resgatar a memória e o valor do esquecido cronista ilheense será lançado pela Academia de Letras de Ilhéus, online, no dia 14 de outubro, às 19 horas.

O lançamento remoto contará com a participação de Pawlo Cidade (mediador), Cyro de Mattos, Ivo Koritowski, Jane Hilda Badaró e Wilson Leite Mendes, o filho do cronista.

O livro traz capa da desenhista Jane Hilda Badaró e tem o selo editorial da Via Litterarum, do editor Agenor Gasparetto. Para o escritor e poeta Cyro de Mattos, Fernando Leite Mendes, que nos deixou aos 48 anos, nada deve aos cronistas melhores de sua época, década de 50 no Rio de Janeiro, como Carlinhos Oliveira, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Drummond, Carlos Heitor Cony, Stanislaw Ponte Preta, Fernando Sabino, Rachel de Queiroz e outros astros da crônica brasileira. 

     A antologia O Gigante e a Bicicleta e Outras Belas Crônicas é acrescida de prefácio, depoimentos e pesquisa iconográfica realizada pelos organizadores.   Cyro de Mattos é autor de vasta obra, de vários gêneros, membro das Academias de Letras da Bahia, de Ilhéus e de Itabuna, Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz, também editado no exterior, além de detentor de prêmios importantes. Publica quinzenalmente uma crônica na revista virtual da crônica RUBEM, de Curitiba.  

         Ivo Korytowski é jornalista, tradutor e romancista premiado pela União Brasileira de Escritores (Rio). Reside em São Paulo. É o editor dos conceituados blogs Literatura & Rio de Janeiro & São Paulo e Sopa no Mel. Para selecionar as crônicas que compõem esse livro póstumo, seus organizadores fizeram ampla pesquisa na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 

 

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

 

 

                  Cinco livros de Cyro de Mattos na

                  XIX Feira do Livro Editora UFPR

 

 

Com os livros Kafka, Faulkner, Borges e Outras Solidões Imaginadas, da EDUEM, editora da Universidade Estadual de Maringá, Os Ventos Gemedores, romance, da Letra Selvagem, Prêmio Nacional Pen Clube do Brasil, Pequenos Corações, contos, Nada Era Melhor, romance da infância, e O Discurso do Rio, poesia, os três últimos da Editus, editora da UESC, o escritor  baiano (de Itabuna)) Cyro de Mattos  participa da  XIX Feira do Livro Editora UFPR e a 40ª. Semana Literária & Feira do Livro SESC,

 

Entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro, ocorre a XIX Feira Do Livro Editora UFPR e a 40ª Semana Literária & Feira Do Livro Sesc que tem como tema “Literatura: porque outro mundo é possível”. Por conta da pandemia, o evento acontece em formato virtual, com acesso gratuito. Nesta edição, participam 48 editoras entre universitárias e comerciais. A 40ª edição da Semana Literária tem transmissão pelo canal do Sesc PR no YouTube. Durante quatro dias, são promovidas palestras e bate-papos com grandes nomes da literatura nacional e autores de best-sellers.