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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

 

TRÊS INFORMAÇÕES DA ACADEMIA DE LETRAS DE ITABUNA - ALITA

 

FELLINI

 

Toda a Itália festeja este ano o centenário de um dos maiores gênios do Séc. XX, o cineasta Federico Fellini, de tantas obras-primas, patrimônios da Sétima Arte. São muitas as manifestações, e uma delas, talvez a mais significativa, será a inauguração do Museu Internacional Fellini, em Rimini, sua cidade natal, na costa adriática da bota italiana. E o mundo também o homenageia: aqui em Salvador, a Editora da Universidade Federal da Bahia - Edufba, dirigida por Flávia Goulart Rosa, acaba de lançar "Diálogos com Fellini", organizado por Cássia Lopes e Paulo Henrique Alcântara. O livro reúne textos deles, de Antonella Rita Roscilli (de Roma) e Mauro Porru, entre outros, num total de 11 artigos.

 

ATELIÊ FRANCÊS

 

Um grupo de jornalistas internacionais da APE, que é a Associação da Imprensa Estrangeira de Paris, já tem encontro marcado após as férias de verão, na capital francesa: vão visitar o fantástico ateliê da Reunião dos Museus Nacionais da França, e do Grand Palais que fica nos Champs-Élysées. É onde técnicos e artistas moldam e fabricam cerca de seis mil peças conhecidas mundialmente, a partir das obras-primas, e que ficam à venda nas butiques desses museus. Será no dia 19 de setembro, e à frente da iniciativa está a diretora de comunicação das butiques da RMN, Sophie Mestiri.

 

 

PROSA E POESIA

 

 Membro das Academias de Letras da Bahia, de Ilhéus e de Itabuna,  publicado também  no exterior, Doutor Honoris Causa da Uesc - Universidade Estadual Santa Cruz, autor de extensa obra, de vários gêneros, o escritor e poeta Cyro de Mattos acaba de publicar pela editora baiana Via Litterarum o livro “Poesia e Prosa no Sul da Bahia”, com capa do consagrado desenhista Juarez  Paraíso,  também membro da Academia de Letras da Bahia. Na obra, estuda autores que enfocam em seus textos a civilização cacaueira ou mantém com ela  laços de origem,  sintonizados na raiz com  um contexto de natureza, cultural, singular e importância histórica.
           Segundo Cyro, esse livro de ensaios, alguns escritos ao longo do tempo,  reúne  nomes consagrados que  ultrapassaram as fronteiras nacionais, outros que  são reconhecidos em nível nacional e alguns que  são retirados   dos limites de seu município, onde se encontram,  por certas circunstâncias,  fora de uma circulação literária  mais abrangente, o que nem sempre parece justo.  A obra funciona como testamento crítico valioso sobre a produção de uma região poderosa no campo das letras,  que  vem contribuindo para a expansão do acervo cultural e literário da Bahia e do Brasil.  
            No volume de 350 páginas, Cyro de Mattos estuda obras de 47 autores sulinos do Estado da Bahia. Entre eles estão: Jorge Amado, Adonias Filho, Sosígenes Costa, Telmo Padilha, Valdelice Soares Pinheiro,  Sônia Coutinho, Ricardo Cruz, Lilia Gramacho, Florisvaldo Mattos, Marcos Santarrita,  Piligra, Abel Pereira, Jorge Medauar, Ildázio Tavares, Euclides Neto, Afrânio Peixoto, Adelmo Oliveira, Hélio Pólvora, Fernando Leite Mendes,  Margarda Fahel,  Jorge Araújo e  Minelvino, dentre outros.

Para Gerana Damulakis, “uma coisa admirável nos  ensaios de Cyro de Mattos  é o fato de não ficar citando Roland Barthes, Deleuze, Derrida etc etc etc. Seus ensaios são verdadeiros ensaios, como os compreendo, como José Paulo Paes compreendia. Atualmente, os ensaístas se preocupam apenas em citar vários nomes que estão na moda. Na verdade, não dizem nada, reproduzem os outros. Seus ensaios plasmam o resultado de sua reflexão após a leitura e, como escritor que ele é,  oferece ao leitor uma percepção aguda da leitura realizada.”

 Gerana Damulakis é  crítica com vários livros publicados, durante dez anos assinou a coluna Leitura Crítica do Jornal A Tarde, pertence à  Academia de Letras da Bahia.

 

 

 

 

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