Três Poemas de Natal
Cyro de Mattos
Oratório de Natal
De Belém
Vem a estrela,
A mais bela.
Tudo é glória,
Tudo é paz,
Tudo é amor.
Tudo é canto,
Nenhum pranto,
Tudo é flor.
Tudo é graça
Na manhã
Que me abraça.
Os Pastores
Na colina
Ovelhas pastam,
Verdes hastes
Cantam hinos.
Há um arco no céu
De sete cores.
A flauta toca
Uma canção doce.
Quanto mais escuta
O ouvido se encanta.
De louvar o menino
A gente nunca cansa.
Eu Creio Nessa Manhã
Por que os homens
Amam a droga
E não da abelha
Os favos de mel?
Por que os homens
Amam as balas
E não a paz
Sem nenhum fuzil?
Por que os homens
Só vêem o chão
E não a estrela
Em seus caminhos?
Viver amargos,
Viver sozinhos,
E do que mais
Os homens gostam.
Mas eu creio nessa manhã
Anunciada em Belém
Por um menino rei
Em seu berço de palha.
Eu gosto de ouvir
Sua canção na estrada
Falando duma união geral,
Que viver vale a pena
Quando a vida é uma dança
Com os homens como irmãos,
Cantando como passarinho,
Sorrindo como criança.
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