Cyro de Mattos
Do amor me dizes no sal de teu corpo
E de beijos sob um sol que me tem
Em mar tão meu. E revelas teu sexo
Em que navego sedento, mergulho,
Sou tragado, mas não morro. Retorno
A teus seios que beijo tantas vezes
Pra matar essa fome que me mata
De ardores e gemidos como sempre.
As palavras, tremores, mil carícias
Provocam um susto, indescritível,
É o gozo que me tem em tuas mãos.
Nessa chuva que molha nossa pele
Então desejo que as dunas andem
E vejam nosso amor além do mar.
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