Olímpico
Cyro
de Mattos
Salto, sobressalto, espanto
Nesta corrida que se estende
De lá das cavernas do tempo.
Coração, devoção, ovação,
Vício dos espaços: sonhos.
O mundo brilha incansável.
A descer no pássaro
Que vira um peixe
Ao mergulho perfeito.
Como tuas mãos e pés
Conseguem ser água,
No volume a façanha?
Tens por meta a cesta,
Corte enterrado na quadra,
Da garganta a festa solta.
Bola no mundo que rola,
Em quantas arrancadas
Esta flor sonora inventas?
Sujo atleta pela raia da rua
Te
recusas ser o pódio
Geral
da união generosa.
Entre
a partida e a chegada
Terrenos abusos despejam-te
Neste corpo que vive na
morte.
O tiro que deflagra
desejos
Pode designar o vento
Que quer superar a
bala.
Da eterna juventude o
trunfo
De que nada é impossível.
É vencido pelo
inexorável.
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