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sábado, 11 de fevereiro de 2017


POETAS DOS ANOS 30
Fernando Py
É bom iniciar o Ano Novo falando de vários poetas, como os que aparecem no livro Poetas dos anos 30 (Brasília: Thesaurus/ANE, 2016; org. de Joanyr de Oliveira; apresentação de Fabio de Sousa Coutinho). Na Introdução da coletânea, o poeta Joanyr de Oliveira (1933-2009) destaca principalmente os mais de sessenta poetas arrolados, todos nascidos entre 1930 e 1939, e afirma que estão representados no volume poetas de todas as regiões brasileiras, com maioria bastante expressiva do Sudeste – Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Ademais, Joanyr explica: “Motivos alheios aos propósitos do antologista impossibilitaram a inclusão de outros autores (…).” e cita os nomes dos principais, destacando, entre outros, Adélia Prado, Armindo Trevisan, Mauro Gama, Teresinka Pereira e Ymah Théres. Dentre eles, alguns já eram falecidos: Lélia Coelho Frota, Mário Chamie, Sebastião Uchoa Leite e Samuel Penido, p. ex., o que dificultou e impediu o seu aproveitamento.
De todo modo, a coleta é bem expressiva: além de Joanyr de Oliveira, estão presentes quase trinta nomes importantes para a nossa poesia: Affonso Romano de Sant’Anna, Alberto da Costa e Silva, Anderson Braga Horta, Astrid Cabral, Carlos Nejar, Cyro de Mattos, Fernando Mendes Vianna (1933-2006), Ferreira Gullar (1930-2016), Florisvaldo Mattos, Francisco Marcelo Cabral (1930-2014), Gilberto Mendonça Teles, Hilda Hilst (1930-2004), Ivan Junqueira (1934-2014), Jorge Tufic, José Jeronymo Rivera, Lina Tâmega Peixoto, Lupe Cotrim Garaude (1933-1970), Mário Faustino (1930-1962), Marly de Oliveira (1935-2007), Miguel Jorge, Nauro Machado (1935-2015), Octávio Mora (1933-2012), Olga Savary, Renata Pallottini, Reynaldo Valinho Alvarez, Sânzio de Azevedo e Walmir Ayala (1933-1991). Como vêem, muitos deles, alguns amigos meus, já desertaram.
Esta seção não comenta aqui o valor e a excelência da obra destes poetas, porém é imperioso reparar  que se trata de uma seleção que atende, precipuamente, ao gosto pessoal do organizador e que, assim, poderia acolher outros nomes. De todo modo, é uma antologia exemplar, valiosa não apenas para o estudioso da literatura brasileira, mas para qualquer amante da boa poesia.


·        Fernando Py é ensaísta, tradutor e poeta,  Mantém uma coluna literária no “Diário de Petrópolis”, Rio. 

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