O livro Os brabos,
narrativas, de Cyro de Mattos, vencedor por unanimidade do Prêmio Nacional Afonso Arinos, da
Academia Brasileira de Letras, em 1978, foi
publicado em segunda edição
pela Ler Editora de Brasília. Essa edição traz ilustrações de Calasans Neto,
artigo de Jorge Amado - “Marca de Um Narrador Dramático” – nas “orelhas,
prefácio da crítica baiana Gerana Damulakis e, na contracapa, breve missiva do
poeta Carlos Drummond de Andrade.
Ao comentar o livro em artigo
divulgado no “Jornal de
Letras”, do Rio, em 1980, Jorge Amado destaca a personalidade vigorosa e
original do escritor Cyro
de Mattos, “ autor que pisa
chão verdadeiro, toca a carne e o sangue dos homens, entre sombras e abismos.” O poeta Carlos Drummond de
Andrade, em breve missiva dirigida ao escritor baiano (de Itabuna), em 1981,
observa que “essas histórias ficam na lembrança da gente“, seu autor “põe muito sentimento dramático da vida e
muita vivência brasileira... “
A comissão julgadora que concedeu o
Prêmio Afonso Arinos a Os
brabos foi constituída de
Alceu Amoroso Lima (relator), Afonso Arinos de Melo Franco, José Cândido de
Carvalho, Adonias Filho, Bernardo Elis e Herberto Sales. Ressalte-se que
“Ladainha nas Pedras”, uma das narrativas do livro, está inclusa na antologia “Visões da América
Latina”, organizada pelos professores universitários Uffe Harder e Peter
Poulsen, publicada pela Editora Vindrose, de Copenhague. Nessa antologia do
conto na América Latina participam, entre outros, Juan Rulfo, Mario Vargas
Llosa, Alejo Carpentier, Jorge Luís Borges, Augusto Roa Bastos, Artur
Uslar-Pietri, Miguel Angel Asturias, José Donoso, Clarice Lispector, Carlos
Drummond de Andrade e Mário de Andrade.
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