Nelly Novaes
Coelho e os Escritores Brasileiros
Cyro de Mattos
Em sua contribuição
enciclopédica e analítica da literatura, como os iluministas de ontem, Nelly
Novaes Coelho, essa intelectual rara, desincumbe-se da jornada literária com
erudição, consciência crítica e uma santa paciência de pesquisadora. Ela sempre
está surpreendendo. Depois de enriquecer o corpo das letras brasileiras com
volumes importantes como Literatura e
Linguagem, Literatura Infantil, Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras,
Dicionário Crítico de Literatura Infantil
e Juvenil Brasileira, Panorama
Histórico da Literatura Infantil/Juvenil, na idade em que muitos já
aposentaram suas ferramentas, eis que ela comparece com ensaios fecundos para
brindar seu público leitor com a obra monumental Escritores Brasileiros do Século XX.
O alentado volume é resultado de 50
anos de pesquisas, leituras e releituras de obras apresentadas em cursos
universitários, congressos, seminários, colóquios, no Brasil, Portugal e
Estados Unidos da América.
São 81 escritores analisados neste precioso e extenso livro. Dos mais conhecidos, como Jorge Amado, Graciliano Ramos. Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Oswaldo de Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Ignácio de Loyola Brandão, passando por nomes expressivos que ficaram esquecidos pela crítica e do mercado editorial, como Cornélio Pena, Gustavo Corção, Adonias Filho, Murilo Rubião, Victor Giudice, Campos de Carvalho e Alcides Pinto.
São 81 escritores analisados neste precioso e extenso livro. Dos mais conhecidos, como Jorge Amado, Graciliano Ramos. Guimarães Rosa, Mário de Andrade, Oswaldo de Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Ignácio de Loyola Brandão, passando por nomes expressivos que ficaram esquecidos pela crítica e do mercado editorial, como Cornélio Pena, Gustavo Corção, Adonias Filho, Murilo Rubião, Victor Giudice, Campos de Carvalho e Alcides Pinto.
E ainda outros que precisam de divulgação
para que melhor sejam conhecidos: Vicente Cecim, Olavo Pereira, Agripino
de Paula, Fausto Antonio, Ricardo Guilherme Dicke, Mora Fuentes, Samuel Rawet e
Alaor Barbosa. Todos esses autores, elencados nessa obra enciclopédica de
ensaio, dão voo à razão e à emoção quando abordam a problemática existencial do
ser humano e a crise de uma sociedade exaurida de valores e sentidos. Dão imaginação e transcendência ao mundo.
A escritora admirável revela que foi a “Sorte ou o Acaso” que puseram em seu caminho os 81 escritores reunidos e analisados neste seu último livro. A generosidade, a humildade e a solidariedade são marcas da alma dessa grande ensaísta. Os autores aqui analisados tiveram, sim, a sorte ou o acaso que foi posto em seus caminhos com uma analista literária da extensão de Nelly. Um autor para ser instituído como cânone precisa de um crítico dotado de instrumental teórico suficiente, que chame a atenção para as questões estéticas, seja capaz de revelar os elementos estruturantes que entraram na composição da forma e conteúdo da sua obra.
No meu caso, de autor baiano insulado em Itabuna, no sul da Bahia, distante do eixo Rio e São Paulo, que ainda hoje funciona como tambor cultural desse país inculto, por mais que o mundo de uns tempos para cá tenha se tornado uma aldeia globalizada, nem sei como agradecer a minha inclusão na relação desses escritores conceituados, selecionados e reunidos no testemunho crítico da Nelly.
Vale a pena repetir o que certa vez ela disse sobre a literatura: “Sem leitura e escrita a vida não tem emoção.”
Essa Nelly Coelho Novais, que viveu para amar a literatura e que, em contrapartida, tanto demonstrou quanto a amava.
A escritora admirável revela que foi a “Sorte ou o Acaso” que puseram em seu caminho os 81 escritores reunidos e analisados neste seu último livro. A generosidade, a humildade e a solidariedade são marcas da alma dessa grande ensaísta. Os autores aqui analisados tiveram, sim, a sorte ou o acaso que foi posto em seus caminhos com uma analista literária da extensão de Nelly. Um autor para ser instituído como cânone precisa de um crítico dotado de instrumental teórico suficiente, que chame a atenção para as questões estéticas, seja capaz de revelar os elementos estruturantes que entraram na composição da forma e conteúdo da sua obra.
No meu caso, de autor baiano insulado em Itabuna, no sul da Bahia, distante do eixo Rio e São Paulo, que ainda hoje funciona como tambor cultural desse país inculto, por mais que o mundo de uns tempos para cá tenha se tornado uma aldeia globalizada, nem sei como agradecer a minha inclusão na relação desses escritores conceituados, selecionados e reunidos no testemunho crítico da Nelly.
Vale a pena repetir o que certa vez ela disse sobre a literatura: “Sem leitura e escrita a vida não tem emoção.”
Essa Nelly Coelho Novais, que viveu para amar a literatura e que, em contrapartida, tanto demonstrou quanto a amava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário