João Carlos Teixeira Gomes Lançará
“A
Brava Travessia” em Salvador dia 9
O jornalista e escritor João Carlos
Teixeira Gomes, ocupante da cadeira número 15 de Academia de Letras da Bahia,
lançará no dia nove de março de 2016, na livraria Cultura do Salvador Shopping,
a partir das 16h30m, o seu novo livro, “A Brava
Travessia, memórias, viagens e artigos do Pena de Aço”. Na mesma data, estará
celebrando os seus oitenta anos de existência. O livro tem prefácio de
Sebastião Nery e análise do escritor Edmílson Caminha, da Academia Brasiliense
de Letras.
Como o título indica, “A Brava Travessia” se divide em três partes,
pela junção das quais o autor cobre uma substancial parcela da sua trajetória
profissional, retomando fatos apenas esboçados em seu livro anterior, de 2001,
“Memórias das Trevas”.
Jornalista profissional desde 1958,
quando participou do lançamento do matutino “Jornal da Bahia”, em Salvador,
João Carlos Teixeira Gomes é um dos integrantes da “Geração Mapa”, criada no Colégio
Central em 1954 e integrada por nomes como os de Glauber Rocha, João Ubaldo
Ribeiro, Fernando da Rocha Peres, Fernando Rocha, Ângelo Roberto, Carlos Anísio
Melhor, Jaime Cardoso, Silva Dultra, Sônia Coutinho, Lina Gadelha e Paulo Gil
Soares. O grupo dedicou-se a várias atividades literárias e artísticas na
Bahia, despontando Glauber Rocha como o criador do Cinema Novo e importante
diretor do cinema internacional, com filmes como “Deus e o Diabo na Terra do
Sol”, “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, “A Idade da Terra” e
“Terra em Transe”.
João Carlos Teixeira Gomes, que ganhou no
Rio o apelido de “Pena de Aço” pela sua luta jornalística pela ética na
política e pela liberdade de imprensa, é autor de volumes de contos, poesias,
artigos, biografias, ensaios e relatos de viagens. Entre seus livros mais
conhecidos estão “Glauber Rocha, esse vulcão”, “A Tempestade Engarrafada”, “O
Telefone dos Mortos”, “O Labirinto de Orfeu”, “Gregório de Matos, o Boca de
Brasa”, “Memórias das Trevas” e “Assassinos da Liberdade”. Despertaram grande
interesse público suas narrativas de viagens através do Expresso Transiberiano,
no maior percurso ferroviário do mundo, unindo a Europa à Ásia, pelo qual
viajou da China até a Rússia, através da Mongólia e toda a Sibéria. Tendo tido
uma vida acidentada como jornalista, que desenvolveu quase toda a sua atividade
durante regime ditatorial, Teixeira Gomes conta em seu livro como enfrentou e
venceu perseguições, vinganças, retaliações políticas e tribunais militares,
mas fala também do seu amor pela música, pela pintura e pelas artes em geral,
além de fatos pessoais da sua vida como professor universitário e episódios
marcante vividos dentro de uma redação de jornal. O livro é enriquecido pela
publicação de fotos abundantes e possui cerca de 470 páginas, sendo editado
pela Caramurê Publicações, de Fernando Oberlandaer.
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