A
Disputa
Cyro de Mattos
A terra era fértil, o que se plantava vingava com
sobras. Quando havia disputa por um
estirão de terra, a contenda era feroz. “É meu!”, um dizia, “eu descobri primeiro!”,
outro alardeava. Os demais não aceitavam, todos se achavam o protagonista da
façanha. A refrega começava, os ventos ficavam
irascíveis, provocavam assombros, escombros, feridos e mortos.
Os mais velhos diziam, somente um vai tirar a
caça da mata, quando encontra, abate-a, nem pode comemorar. Aparece muitos como
o verdadeiro caçador. A discussão começa, tomava o formato de disputa ferrenha.
Era sempre assim, depois de morta a caça
aparecia era caçador. O combate se fazia feroz, enquanto a caça apodrecia, e as
garras do ocaso a levavam para fazer reinar o entendimento entre eles.
E as
trevas fossem banidas do coração de cada um deles, em batimentos que levavam
para a destruição de todos os contendores na disputa feia.
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