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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

 

     Carlitos

Cyro de Mattos

 

Chapéu-coco único,

 comove o abraço,

 este que se veste

na roupa do riso.

Pirueta constante,

bigode malandro,

numa só bengalada

 vencedor do gigante.

 

Do perigo fugindo,

ligeiros os passos,      

apesar disso a flor   

oferece ao velhote.   

Andarilho da aurora,

no jardim ou no ringue,

no salto ou na ginga

não há quem o imite.

 

Em busca do tesouro

que o vilão escondeu

no casarão abandonado,

surpreendente, incrível,

nada mais sensacional

 o que no final decide 

quando repõe a ternura

no coração de quem é

alegre quando o assiste.     

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