Carlitos
Cyro de Mattos
Chapéu-coco único,
comove o abraço,
este que se veste
na roupa do riso.
Pirueta constante,
bigode malandro,
numa só bengalada
vencedor do gigante.
Do perigo fugindo,
ligeiros os passos,
apesar disso a flor
oferece ao velhote.
Andarilho da aurora,
no jardim ou no ringue,
no salto ou na ginga
não há quem o imite.
Em busca do tesouro
que o vilão escondeu
no casarão abandonado,
surpreendente, incrível,
nada mais sensacional
o que no final decide
quando repõe a ternura
no coração de quem é
alegre quando o assiste.
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