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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

 

 

TEMPO DE NATAL

Cyro de Mattos

 

 

Ceia

 

Traga o Natal

Frutos verdes.

 

De paz e amor

Ponha na mesa.

 

Afaste a sede

Triste dos dias.

 

Na luz da estrela

Ilumine a noite

 

Do medo no escuro

E na manhã brilhe.

 

Presépio

 

Do céu dos céus

Uma estrela

Que anuncia

Só amores

Para iluminar

As pobrezas

Dessa terra.

 

Na manjedoura

Ondas embalam

O menino no berço

Feito de palha.

É Natal! É Natal!

Os bichos propagam.

 

Cantam os anjos,

Tocam os pastores

Suas doces flautas.

Os reis magos

Estão sorrindo

De pura alegria.

 

 

O Pinheiro

 

Antes triste, no canto,
Só que de repente
Como por encanto
Aparece iluminado
Com estrelinhas do céu,
Não mais que de repente
Todo aceso de Deus.

 

Manjedoura

O que mais encanta
É nascer o menino
Na poeira desse chão
Onde os bichos andam
E até hoje esse menino
Com sua luz suave
Semear grãos azuis
De amor e de paz
Na manjedoura dos ares.

 

Menino Deus

São suas as proezas

De estrela numa só mesa

De todas as mãos.

 

Historinha de Menino Jesus

 

O galo cantou,

A vaca mugiu,

O burro zurrou,

A ovelha baliu.

 

A rosa acordou,

O peixe sorriu,

A cabra contou

Que a cobra sumiu.

 

Foi tanto balão

Que subiu ao céu,

Foi tanta canção

 

 

Que ventou ao léu

Que até hoje luz

Do menino a cruz.  

 

 

 

Natal

 

Uma estrela afugenta

Da noite o medo

Que se tem das trevas.

O canto do galo

Que fere a aurora

Dessa vez é mais belo.

Num sorriso silencioso

A Virgem Maria sabe

Do amor de Deus no chão.

Da flauta dos pastores

Sai essa canção que comove.

Todos os anjos entoam

O esplendor deste amor,

Em torno do mundo

Abelhas soltam

Zumbidos de ouro.

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