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segunda-feira, 25 de março de 2013

Poeta Florisvaldo Mattos Opina sobre Poema de Cyro de Mattos Que Fala da Agonia do Rio Cachoeira

Poeta Florisvaldo Mattos Opina
Sobre Poema de Cyro de Mattos
Que Fala da Agonia do Cachoeira



Sobre o poema Bilhete do Rio Cachoeira para o Prefeito Vane, o poeta, escritor e jornalista  Florisvaldo Mattos enviou  e-mail ao poeta Cyro de Mattos e teceu o comentário seguinte:


“Amigo Cyro:


Só eu e uns poucos mais, talvez sobreviventes, estariam à altura de ler este seu soneto marcado de forte ânimo sensível e fazer as devidas ilações de alma que ele suscita, como depoimento de memória sentida, mas no fundo revoltada, indignada, pois foi neste venerável Rio Cachoeira que passei saudáveis horas de minha adolescência primeira, entre os 13 e os 17 anos, nadando com irmãos e diletos amigos, seja no Poço da Pedra do Gelo, em frente à futura Praça Camacã (não sei que nome tem hoje), seja nos poços da antiga pinguela de acesso ao Bairro da Conceição, defronte à balaustrada da Praça Olintho Leone, onde ficava a sede antiga da prefeitura. Lembrando daquele rio heróico  e sentindo o canto amargo e lamurioso de seu soneto, na forma clássica, mas sem rimas, vejo que ele, o venerável Rio Cachoeira, caminha para o mesmo destino do Rio Mucambo, de Uruçuca, justamente antiga Água Preta do Mucambo, onde aprendi a nadar, nos idos da longínqua infância, hoje um triste curso de fedorento esgoto. Mas é isso, amigo, é no mais dos casos viver para sofrer...

Vai o meu abraço de sentimento solidário.
Florisvaldo

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