Negrinha Benedita
Por
causa
dum
frasco
de
cheiro
apanhou
de
chibata.
Os
outros
assombrados
não
puderam
fazer
nada.
Sem
andar
dias
ficava.
Quando
sarou,
falou
ao vento
que
ia embora.
Pelo
mato
foi
voando,
escapou
da
cachorrada.
Teve
sede,
teve
fome,
levou
espinho
pela
cara.
Para
trás
não
olhava.
Com
uma
espada
afiada
que
lhe deu
uma
mão oculta
um
dia viu
no
quilombo
que
ali era
a
sua morada.
Aconteceu
que
depois
a
cabeça
da
sinhá
amanheceu
decepada.
Ninguém
viu
como
se deu
na
escuridão
daquela
noite
a
revanche
assim
marcada.
Por
causa
dum
frasco
de
cheiro
que
ela pegou
pra
ser cheirada.
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